quinta-feira, 20 de março de 2008

Trance

Este artigo é sobre a música trance moderna. Se procura pela teoria consulte teoria do transe; se procura pela teoria aplicada à outras culturas, procure por música de indução ao transe
Trance é uma das principais vertentes da
música eletrônica, tendo sido desenvolvido no início da década de 1990. O gênero é caracterizado pelo tempo entre 130 e 160 bpm, apresentando partes melódicas de sintetizador e uma forma musical progressiva durante a composição, seja de forma crescente ou apresentando quebras. Algumas vezes vocais também são utilizados. O estilo é derivado do house e do techno[1], tendo pegado uma melodiosidade não característica do techno, com seus sons industriais, e menos orgânicos, além de parecerem menos melódicos.
Em geral, a maioria das canções são calmas e de efeito lento e constante na energia-alma e no estado de pensamento. A tradução literal do termo trance para
português é transe (inconsciência). O nome foi recebido devido às batidas repetitivas e pelas melodias progressivas características, que levam o ouvinte a um estado de transe, de libertação espiritual, enquanto ouve.
Índice
1 Sub-gêneros
2 História
2.1 Origens do trance (Europa)
2.2 Origens do trance psicodélico (Goa)
2.3 Trance como gênero musical
2.4 Trance atualmente
3 trance x trance psicadélico
4 Estrutura musical
5 Referências
6 Ver também
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[editar] Sub-gêneros
As principais vertentes do trance são:
Progressive Trance
Uplifting Trance
Tech Trance
Hard Trance

[editar] História

[editar] Origens do trance (Europa)
Pode-se encontrar elementos primitivos da música trance nas raízes religiosas do
shamanismo e budismo. Mas o trance da forma moderna, eletrônica e evoluída em conjunto com outras formas de música eletrônica dançante, surgiu na Alemanha no início da década de 1990[2].
Ao longo da
década de 1970, Klaus Schulze gravou vários álbuns de música eletrônica caracterizados pelo ambiente atmosférico e o uso de sequenciadores. Em alguns dos álbuns da década de 1980 a palavra trance era incluída nos títulos, como Trancefer (1981) e En=Trance (1987).
Elementos que tornaram-se característicos da música trance também foram explorados por artistas do gênero
industrial da música eletrônica no final da década de 1980. O objetivo era produzir sons de efeitos hipnóticos aos ouvintes, o que também poderia levar à uma alto grau de estado de transe ou euforia.
Esses artistas do gênero industrial eram dissacioados à cultura
rave, embora muitos já mostravam interesse no Goa trance, no qual o som é mais pesado comparado ao som que agora é conhecido como trance. Muitos dos álbuns produzidos por artistas industriais eram em sua grande maioria experimentais, e não tinham o intuito de originar um gênero musical com uma cultura associada -- eles permaneceram fiéis às suas raízes industriais. Com o trance dominando à cultura rave, a maior parte desses artistas abandonaram o estilo.

[editar] Origens do trance psicodélico (Goa)
Ver artigo principal: Goa trance

[editar] Trance como gênero musical
As primeiras gravações realizadas começaram não exatamente com a cena trance, e sim pelo
acid house originário do Reino Unido, mais precisamente pela banda The KLF. Eles utilizaram o termo pure trance para designar algumas gravações que na verdade eram versões, e que fizeram um grande sucesso comercial em 1991.
Além deste nascimento no Reino Unido pode também ser mencionado o começo do gênero trance em clubes
alemães durante os meados da década de 1990 como uma ramificação do techno. Frankfurt frequentemente é citada como o berço do estilo. DJ Dag (Dag Lerner), Oliver Lieb, Sven Väth e Torsten Stenzel, são considerados pioneiros e produziram várias composições utilizando diversos nomes artísticos. Em 1991, Dag Lerner e Rolf Ellmer formaram o "Dace 2 Trance", cuja canção "We Come In Peace" representou a definição inicial do trance como estilo musical[3].

[editar] Trance atualmente
Atualmente, após ter perdido um pouco da sua força no fim da década de 1990, o trance está ganhando grande força novamente. Produtores consagrados como
Paul van Dyk, DJ Tiësto, Armin van Buuren, Above & Beyond, entre outros, continuam mantendo o gênero em alta.

[editar] trance x trance psicadélico
É de fato conhecida uma certa briga entre o trance e o
trance psicadélico no Brasil e Portugal. Na sua essência, todos os sub-gêneros da vertente trance remetem a mesma proposta de transe através do som. Musicalmente, o trance psicodélico é diferente do trance, mas isso não o coloca em posição de vertente diferente, uma vez que a proposta do trance é mantida. Enquanto o trance nasceu na Alemanha, o trance psicodélico foi originado em Israel e na Índia.

[editar] Estrutura musical
O trance é formado em sua grande parte por batidas retas (4x4), mas algumas vezes ocorre a mistura de batidas do
hip hop ou quebra da estrutura 4x4 (quebradas). O baixo pode ter uma base de swing ou preencher totalmente a base remetendo ao full-on. Uma característica marcante do estilo é uso do sintetizador TB-303, que é utilizado para fazer levadas variando constantemente ou não a frequência de corte e com uma ressonância alta ou para produzir sons psicodélicos como "borrachas", "gotas", "bombas".
Nos estilos mais melódicos há o uso constante de pads (notas com alta sustentação, também chamado string) deixando a composição mais atmosférica.

Referências
Jimi Frit. Rave Culture: an insider's overview. Local de publicação: Smallfry Publishing,

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